Criminosos não identificados raptaram, na noite de segunda-feira, mais um empresário de origem asiática no centro de Maputo. Este foi o segundo rapto na cidade em apenas três dias.
Detalhes dos Raptos
Segundo o jornal independente “O País”, o empresário (cujo nome não foi revelado) foi sequestrado dentro da sua própria loja, uma garrafeira. Três homens armados invadiram o estabelecimento e arrastaram o proprietário para o veículo de fuga, onde dois outros membros da gangue esperavam.
A polícia informou que estão em curso investigações para capturar os responsáveis por este sequestro, bem como pelo ocorrido no sábado à tarde. No rapto de sábado, houve uma troca de tiros entre os raptores e a polícia, resultando na morte de um agente policial.
Reação aos Apelos Presidenciais
Os dois sequestros parecem ser uma resposta deliberada ao apelo do Presidente Filipe Nyusi na semana passada, quando solicitou à polícia novas estratégias para prender os cabecilhas das gangues de rapto. Durante a abertura de uma reunião do Conselho Coordenador do Ministério do Interior, Nyusi expressou frustração com a falta de prisões dos líderes das gangues.
“Raptar continua a ser um desafio para o nosso Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic)”, disse Nyusi. “Tragam-nos pelo menos um dos que está a ordenar os raptos!”.
Demonstrando Impunidade
As áreas centrais de Maputo, onde ocorreram estes crimes, são algumas das zonas mais policiadas do país. Os raptores parecem demonstrar uma sensação de impunidade, agindo como se estivessem convencidos de que a polícia não pode tocá-los.
Contexto Adicional
- Histórico de Raptos: Moçambique tem enfrentado uma onda de sequestros nos últimos anos, frequentemente visando empresários de origem asiática, o que cria um clima de medo e insegurança.
- Resposta da Comunidade: A comunidade empresarial e civil tem pressionado por medidas mais eficazes para combater os raptos e garantir a segurança.