No espaço de um mês, este ano, foram registados cerca de sete acidentes de trabalho, nos campos de mineração da Vulcan, no distrito de Moatize, província de Tete. Pelo menos cinco trabalhadores tiveram de receber tratamento ambulatório imediato devido à gravidade dos ferimentos.
Uma publicação do Zitamar refere que fontes da empresa apontam o cansaço derivado do turnos de trabalho nas minas, mas também a inexistência de barreiras de protecção em alguns locais.
“Os trabalhadores da mina trabalham seis dias de oito horas seguidas, com um dia de folga antes do início do próximo conjunto de turnos”, lê-se na publicação.
Há registo de acidentes ocorridos a 02, 03, 05, dois no dia 15, 17 e 24 de Junho. No dia 02 de Julho foi registado outro acidente.
“O novo horário de trabalho não permite que os trabalhadores descansem o suficiente entre os turnos”, lê-se na publicação que cita funcionários da empresa.
Além disso, os trabalhadores da Vulcan têm de viver no local e não podem ir a casa durante vários dias seguidos.
“A falta de uma ponte sobre o rio Revúboè tornou o transporte dos trabalhadores para as suas casas mais caro e mais demorado, tendo a Vulcan respondido com a construção de alojamentos no local e obrigando os trabalhadores a permanecer na mina”, escreve o Zitamar.