O megaprojeto de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Cabo Delgado, Moçambique, liderado pela TotalEnergies, vai custar mais 3,67 mil milhões de euros. A petrolífera estatal indiana Bharat Petroleum Corporation (BPCL), que detém 10% do projeto, anunciou este aumento de custos, prevendo a retomada das operações ainda este ano.
Impacto dos Aumentos de Custos
A BPCL informou que os custos adicionais estimados entre 3,5 e 4 mil milhões de dólares (3,21 a 3,67 mil milhões de euros) elevarão o investimento total para cerca de 20 mil milhões de dólares (18,3 mil milhões de euros). Esta atualização surge após a suspensão do projeto em 2021 devido a ataques terroristas na região.
Retoma do Projeto
O presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, destacou em maio os “progressos positivos” para a retoma do projeto, mas sem comprometer-se com prazos específicos. “Estamos a trabalhar nisso, e é melhor trabalhar de forma gradual”, afirmou Pouyanné, após uma reunião com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, onde foi discutida a segurança em Cabo Delgado.
Importância do Projeto para Moçambique
Moçambique possui três projetos de desenvolvimento aprovados para explorar as reservas de gás natural na bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo. A retoma deste megaprojeto é vista como fundamental pelo Presidente Nyusi, que afirmou que as decisões financeiras não devem ser um impedimento, considerando a promissora estabilidade na região.
Parcerias e Financiamento
A BPCL, juntamente com a ONGC Videsh e Oil India, compõe um consórcio que detém 30% do projeto, liderado pela TotalEnergies. As discussões sobre financiamento de projetos estão em curso com os credores, e a BPCL espera que a situação de “força maior” seja resolvida nos próximos meses.
A retoma das operações do megaprojeto de GNL em Cabo Delgado é crucial para o desenvolvimento económico de Moçambique, prometendo um impulso significativo à economia local através da exploração de uma das maiores reservas de gás natural do mundo.