O sócio moçambicano da Isco Segurança recusou-se a revelar o valor do contrato com a multinacional francesa TotalEnergies para a proteção do projeto de exploração de gás natural na Área 4 da bacia do Rovuma, em Cabo Delgado. O contrato faz parte do projeto de 20 mil milhões de dólares da TotalEnergies.
Parceria Internacional
Conforme um artigo amplamente divulgado pelo Financial Times, a Isco Segurança é uma empresa moçambicana com ligações ao partido Frelimo, associada à empresa de segurança ruandesa Isco Global Limited. Esta última tem fortes ligações com o partido do Presidente Paul Kagame e controla a Intersec Security Company, subsidiária da Crystal Venture, fundada pelo partido RPF de Kagame.
Em Moçambique, a Isco Global Limited detém 70% da Isco Segurança, enquanto os restantes 30% pertencem à Osman Yacob SGPS, S.A.
Declarações de Osman Yacob SGPS
M. Assif Osman, administrador da Osman Yacob SGPS, explicou à STV que o contrato foi atribuído após um concurso público no qual participaram cinco empresas, com a Isco Segurança apresentando a melhor proposta. No entanto, Osman recusou-se a divulgar os valores envolvidos, alegando “motivos óbvios” e descrevendo os valores divulgados como “descabidos”. Ele também mencionou que, por enquanto, não haverá distribuição de dividendos.
Contexto e Implicações
A decisão de não revelar o valor do contrato visa proteger o projeto de exploração de gás natural, que é crucial para a economia de Moçambique. O projeto é significativo não apenas pelo seu valor monetário, mas também pelo impacto que pode ter na segurança e estabilidade da região de Cabo Delgado, frequentemente afetada por insurgências.