Nos últimos dez anos, Moçambique tem enfrentado uma trajetória de declínio económico, com indicadores sociais e económicos a mostrarem uma deterioração significativa nas condições de vida da população. Diversos fatores têm contribuído para esta situação, incluindo crises políticas, desastres naturais recorrentes e o aumento da dívida pública.
A combinação de corrupção, conflitos internos e uma infraestrutura deficiente tem dificultado a implementação de políticas eficazes que promovam o crescimento sustentável. Além disso, a dependência excessiva de recursos naturais, como o gás natural e o carvão, deixou a economia vulnerável às flutuações dos preços no mercado internacional.
A pandemia de COVID-19 também desempenhou um papel crucial na exacerbação da pobreza, interrompendo cadeias de abastecimento, afectando o turismo e restringindo o comércio. As medidas de confinamento, embora necessárias para controlar a propagação do vírus, tiveram impactos negativos severos na economia informal, da qual muitos moçambicanos dependem para a sua subsistência.
Organizações internacionais têm alertado para a necessidade urgente de reformas estruturais e de uma gestão mais transparente dos recursos públicos. Sem essas mudanças, o país pode continuar a enfrentar dificuldades em reverter a tendência de empobrecimento, prejudicando as perspetivas de desenvolvimento a longo prazo.
Esta situação exige uma resposta coordenada entre o governo, a sociedade civil e a comunidade internacional para implementar estratégias que impulsionem a recuperação económica e melhorem a qualidade de vida da população moçambicana.