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Indústria dos Raptos em Moçambique Continua a Crescer

A onda de raptos em Moçambique continua, com mais um sequestro de um cidadão de ascendência asiática ocorrido hoje no centro de Maputo. Este incidente acontece apenas três dias após o Presidente Filipe Nyusi ter desafiado a Polícia da República de Moçambique (PRM) a capturar os mandantes desses crimes.

Detalhes do Rapto

A vítima, proprietária ou filho do dono da “Luxo Brindes”, foi raptada na Av. Eduardo Mondlane. Três homens armados surpreenderam a vítima ao sair da loja, disparando tiros antes de a levarem num Toyota Ist. Um vídeo amador mostra dois agentes da Polícia de Proteção no local, um deles aparentemente a pedir socorro.

Reação Presidencial

No dia 16 de julho, durante o 34º Conselho Coordenador do Ministério do Interior, Filipe Nyusi enfatizou a necessidade de prender os mandantes dos raptos. Nyusi afirmou que a captura de pelo menos um mandante mudaria a narrativa, pois estes “são muito medrosos” e tendem a fugir ao enfrentar medidas coercivas.

Estatísticas e Impacto Económico

Desde 2011, a PRM registou 185 casos de raptos, com 288 detenções de suspeitos. Maputo é a cidade com maior incidência, seguida pela província de Maputo e Sofala. Em 2023, a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais, segundo Prakash Prehlad, vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

Expansão do Crime

A prática de raptos, com origem em Moçambique, tem-se expandido para a África do Sul, onde dezenas de pessoas, especialmente empresários, foram raptadas nos últimos meses. As províncias sul-africanas mais afetadas são Gauteng e KwaZulu-Natal, onde Joanesburgo, Pretória e Durban estão localizadas. Em 2023, registaram-se 15.400 raptos na África do Sul, segundo a polícia local.

Apelo Internacional

A CTA criticou a inércia da polícia moçambicana e pondera apelar à comunidade internacional para ajudar a pôr fim aos sequestros de empresários, destacando a urgência de combater este crime que não só afeta a segurança pública, mas também impulsiona atividades de lavagem de dinheiro.

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